sábado, 4 de junho de 2016

O corredor e o corredor

Imagem da internet

Algumas vezes a gente se pega fazendo ou dizendo coisas tão sem sentido. Foi em uma situação como essa que essa história real aconteceu. 
Que sirva para nossa reflexão! 



O corredor e o corredor

Noutro dia, voltávamos para a sala de aula depois do jantar, eu e minha pequena multidão de 35 aluninhos.
Eles: 3 e 4 anos.
Eu: 30.

Subimos as escadas. Seguimos pelo corredor.
Parei em frente a porta e fiz gesto para entrarem. (Como se isso fosse preciso). 
Talvez para dar a impressão de que sou eu a mandante.
Enfim, entrariam de qualquer forma, já sabem.
Entraram.
Mas não todos. Alguns ficam para trás... Sempre.

Então parei lá. Na porta.
Com toda a autoridade em minhas mãos.

Fulaninho surgiu no horizonte.
Correndo.
Se aproximou esbaforido e, "cara-de-paumente", sorrindo....
E eu, 
Poderosa.
Me sentindo a Power Ranger cor de rosa,
disse, sem expressão, sem levantar a voz...
Quase que automaticamente,
do jeito que aprendi:

"AGORA VOCÊ VOLTA LÁ E VEM ANDANDO"

Fulaninho, se virou sem questionar.
Pôs-se a andar de volta.
E foi indo e indo.
Mais um pouco e mais um pouco.
E...
Sumiu.

Evaporou-se no fim do corredor.

Esperei.
Esperei.

"Será que desceu a escada novamente?" - Pensei.

Acho que o meu "LÁ" não foi muito especifico.
Eu quis dizer "LÁ" no meio do corredor.
Mas ele pode ter entendido:
"LÁ" no refeitório,
"LÁ" na rua,
"LÁ" em casa...

Só aí percebi. Me enxerguei. 
Que triste cena.
Por quê fiz isso?
Por quê aprendi isso?
..........



"Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar."
Martha Medeiros









sábado, 16 de abril de 2016

Folhas de outono


Tem dias em que a gente precisa deixar a porta aberta...Deixar o vento entrar,e nos soprar...pra brincar lá fora.<3


E foi em um dia como esse, "trocando deveres por vontades",  que a gente foi ver, sentir e tocar o outono. 
A intenção não é reconhecer as estações do ano, ou perceber suas diferenças. Não.
Não é prender o tempo e separá-lo em pedaços. Não é saber a vestimenta adequada pra cada clima.
E não é pintar um desenho com folhinhas voando.
Mas poder ver, ouvir, sentir... a vida!
Aprender a observar e, quem sabe, com um pouco de sorte, observar mais um pouco...

------

Então, depois disso, a gente foi experimentar. 
E recolhemos as folhas que a gente gostou.
Teve quem preferisse as marrons, outros as mais verdinhas.




E aí, fizemos o que pensávamos que seria interessante!


 Do jeito que a gente achou bom...


E para mim, a melhor parte foi ouvir, no meio disso tudo:
"Hoje tá super legal, né!" 
E o outro, faz que sim!



Talvez eu sonhe demais.
 Talvez eu tenha fé no que não é.
E, por favor, me deixem assim...




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