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Na hora do jantar,
contar os grãos de milho,
fazer guerra com as ervilhas,
dar comida pra garrafa
(em garfadas alternadas!),
fazer uma muralha moldando o purê
e brincar de carrinho com o bife à rolê
(e esse bife mastigar
até a boca cansar!),
parar e cantar e dançar,
voltar a sentar, respirar,
separar no cantinho do prato, com redobrada atenção,
tudo de que não gostar,
aproveitando pra chupar cada fio de macarrão,
uns dez guardanapos usar
e mesmo assim se sujar!
No caminho da escola,
contar as formigas e as borboletas,
observar as suas piruetas,
as árvores abraçar,
nos postes pular
e em todas as grades de prédios passar bem de leve a mão,
além de estalar, uma a uma, todas as folhas secas caídas do chão,
combinar que só vale pisar no branco,
sentar em todos os bancos,
falar as cores dos carros,
dar saltos ornamentais
de todas as escadas e muretas e que tais,
entrar nas bancas de jornais
e pedir para ver as mesmas revistinhas,
catar pela calçada as mais diferentes pedrinhas.
Ultimamente ando pensando
que é melhor andar devagar,
afinal, na corrida da vida,
se vivida com plena alegria,
ganha quem chegar
em último lugar.
Por isso, se alguém me vir
fazendo coisas assim,
não pense que enlouqueci
nem venha dizer "Que esquisito!",
mas aprenda como é bonito
parar, comparar, reparar
e sobre o tempo reinar:
afinal, na corrida da vida,
se vivida com plena alegria,
ganha quem chegar
em último lugar.
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